Os paranaenses têm saudades do governo Requião, diz João Arruda
"Hoje
vivemos um momento muito bom do partido, em que os paranaenses querem reviver
momentos. Por mais que o senador Requião seja uma figura polêmica, tem muita
gente com saudades do Governo Requião”. A afirmação é do deputado federal João
Arruda, ao analisar o momento político atual, em entrevista ao programa Voz,
que foi ao ar no início da tarde desta sexta-feira (06), pela TVCI.
“O Requião fez um governo de grandes realizações sobre tudo
no que se refere aos servidores público, na defesa do patrimônio público e
programas sociais importantes, do Leite das Crianças, da Água, da Luz...",
frisou. Na entrevista, realizada pelo apresentador Toni Casagrande, João Arruda
falou ainda sobre seu mandato na Câmara e a conjuntura política estadual e
federal.
O deputado também comentou a gestão Beto Richa (PSDB) e das
dificuldades em visualizar uma aliança do seu partido com o do atual governador.
"Isso por que é um governo que não existe praticamente, por que não temos
uma marca, não existem programas, políticas públicas...”
João Arruda disse que, pessoalmente, teria muita
dificuldade em apoiar o governador Beto Richa. “Numa aliança do PMDB com o
PSDB, eu subiria no palanque para dizer o que? Que o governo privatizou ainda
mais a Sanepar? Que o governo retirou todos os processos contra as empresas de
pedágio, para negociar o preço da tarifa e a tarifa este mês aumento?”, indagou.
Sem marcas
Para
o deputado, o atual governo não fez nada aos professores, não tem um programa
para a educação. “Além do mais, ameaça de greve quase todos os meses, os
professores do ensino superior, ensino médio... enfim, não teria quase nada de
bom a dizer deste governo. Não tenho como defender, por isto não posso aceitar
que o PMDB faça esta aliança”.
João Arruda afirma que não depende apenas dele o futuro do
partido, “posso sair derrotado em relação a esta tese, mas será muito difícil o
PMDB apoiar um governo que atrasa o pagamento das prestadoras de serviços mais
de três meses. Os índices de criminalidade só aumentam".
O deputado acredita que dá tempo das lideranças
peemedebistas reconstruírem a unidade e fortalecer o partido nas eleições do
ano que vem. "O que temos que fazer é abrir diálogo com os deputados
estaduais, tenho feito isto, independente das diferenças políticas, às vezes
até ideológicas, que tem gente no PMDB que veio da Arena, que veio do
Democratas, o partido recebeu gente de fora", afirmou.
Marco Civil
João Arruda
também falou da sua atuação na Câmara, em especial sobre as dificuldades
imposta pelo lobby de empresas de telecomunicações, que impede a aprovação do
Marco Civil da Internet, projeto que vai regulamentar o uso da rede no país.
"Através do projeto queremos que a internet seja oferecida a todos os
brasileiros e brasileiras, na mesma condição, sem pacotes”.
“Os pacotes fazem com que as pessoas com mais poder
aquisitivo tenha mais condições de falar ao celular, por exemplo". A
internet, segundo ele, é muito mais que um celular, é uma ferramenta social,
frisa.
"Um professor de uma escola do interior, a única
condição que tem de receber um material didático para a educação, é através da
internet e eles querem criar pacotes que privilegiem alguns em detrimento de
acesso de outras pessoas menos favorecidas".
Lei Anticorrupção
João Arruda
também falou da Comissão Especial que presidiu, que estudou o projeto da Lei
Anticorrupção. "Esta lei trata da responsabilidade objetiva das empresas
que se envolvem em atos contra a administração pública", disse. A nova
legislação, já sancionada pela presidente Dilma Rousseff, entra em vigor em
fevereiro de 2014.
"Hoje, quase nada acontece com as empresas que se
envolvem em corrupção. Acontece com os políticos, com os gestores, mas não
acontece com as empresas, que tem que pagar também", disse. Segundo ele,
pessoas jurídicas terão que pagar multas e ficarão com a ficha suja,
"impedidas de firmarem novos contratos com a administração pública",
destacou.
Assessoria de Imprensa - Deputado Federal João Arruda
Nenhum comentário
Deixe seu comentário sobre essa notícia